MEMBROS
2022
Frederico Canuto (COORD. GERAL)
Professor adjunto da escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, tem como interesse a relação entre narrativas, memória e história a partir do território, suas práticas sócio-espaciais e imagens. Atualmente coordena a pesquisa "Narrativas Indigenas" dentro do grupo de extensão Morar indigena, assim como outras relacionadas a relação entre imagens, memória, violência e futurismos no Sul Global.
Juliana Marques
Arquiteta e Urbanista com mestrado em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG e atualmente em doutoramento pela mesma instituição, sendo que agora estuda a partir de arquivos a história da cidade de Belo Horizonte por um viés decolonial, dando especial atenção a presença dos desumanizados nos processos de colonização do território brasileiro.
Everton Jubini
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da UFMG, mestre em Engenharia Ambiental (Proamb) pela UFOP e Arquiteto e Urbanista pela UFRJ. Atuou como cartógrafo social no trabalho de assessoria técnica às pessoas atingidas pelo desastre-crime provocado pela Samarco/ Vale/ BHP em Mariana, cuja experiência é elemento da pesquisa de doutorado. Atualmente também é assessor na superintendência de estudos, planos e programas, compondo a equipe técnica responsável pelo planejamento urbano e ordenamento territorial do município de Contagem/ MG.
Daniel Menezes
Mestrando no Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo da (NPGAU) UFMG, Arquiteto Urbanismo pela PUC Minas, com graduação sanduíche na Escuela Técnica Superior de Arquitectura da Universidad de Valladolid. Trabalha com assessoria técnica junto a alguns quilombos em Belo Horizonte, auxiliando via processos participativos na produção de Dossiês de tombamento dessas comunidades enquanto patrimônio cultural e imaterial, além de participar no processo de certificação de comunidades enquanto remanescentes de quilombos junto à Fundação Cultural Palmares.
Amanda Alves Sicca
Arquiteta e Urbanista formada na Universidade de Brasília com mestrado em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG e especialização em Assistência Técnica, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia, participando da construção da Nucleação UFBA/UnB, trabalhando e, hoje, esporadicamente confluindo junto ao Quilombo Mesquita, comunidade esquecida desde a inauguração do Distrito Federal.
PRÁTICAS DE ENCONTRO
(clique nos nomes dos convidados para acessar as conversas individuais)
Engenheira Florestal pela UFVJM e mestra em Saúde, Sociedade e Ambiente também pela UFVJM. Possui um histórico de atuação como assessora técnica às comunidades rurais e quilombolas, tanto é que os seus últimos trabalhos estão voltados para a assessoria técnica pela Cáritas Brasileira à população atingida pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, atuando como cartógrafa social e responsável técnica, e atualmente como coordenadora de agroecologia da Tingui, organização que trabalha no fortalecimento das populações de comunidades rurais e quilombolas do Vale do Jequitinhonha. Nesse percurso, também tem se envolvido em produções audiovisuais como captadora de imagens para o vídeo “A terra, o Canto e as Mulheres do Jequitinhonha” exibido no 15º Festival de Verão UFMG, o vídeo “Cantiga de Versos na Janela” e o documentário “O Sagrado e a Beleza das Mulheres do Rio Grande”, esses dois últimos como parte do projeto implantação da Casinha de Cultura no Bairro Rio Grande e Palha em Diamantina, proposto pelo Projeto Caminhando Juntos - PROCAJ aprovado junto ao Fundo Estadual de Cultura.
Arquiteta e Urbanista (UFMG), mestra em Sociologia (FAFICH-UFMG), doutora em Ciências Sociais (PUC-MG). Professora adjunta no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFOP e professora do Programa de Pós-Graduação “Novos Direitos, Novos Sujeitos” da UFOP. É coordenadora e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (GEPSA-UFOP), além de também integrar a Rede de Pesquisa do Rio Doce. Atua diretamente com as pessoas atingidas no sentido de construir coletivamente e divulgar conhecimentos para auxiliar na luta por direitos das comunidades. Um dos frutos desse intenso e duradouro encontro com os atingidos e atingidas, é a organização e publicação do livro Mineração: realidades e resistências.
Graduada em Educação Física pela UFMG, Especializada em Educação Física e Ensino do Esporte pela PUC Minas. Possui graduação em Direito pela Faculdade Kennedy e Especialização em Direito Tributário pela UCAM. Atua semanalmente junto ao Sindicato dos Correios oferecendo serviços jurídicos. Está à frente da Guarda de São Jorge de Nossa Senhora do Rosário desde junho de 2010, na função de Rainha Conga, junto com sua irmã a capitã Kelma. É responsável pela salvaguarda deste valioso patrimônio imaterial, sendo o Congado mais antigo da capital de Minas Gerais e raiz direta e indireta de vários outros.
Cursou graduação em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, DEA em Música e Musicologia - Université de Tours e doutorado em Música e Musicologia - Université de Tours (Université François Rabelais. Atualmente é professora titular do Instituo de Humanidades Artes e Ciencia do Campus Sosígenes Costa de Porto Seguro e do Centro de Formação em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia. Coordenou projetos no Acervo Curt Langue e no Laboratório de etnomusicologia da UFMG, desenvolvendo pesquisas sobre as práticas musicais indígenas. Em colaboração com especialistas dos repertórios de cantos do povo Tikmu'un-Maxakali, organizou a tradução, edição e publicação de filmes, gravações, livros de tradução de cantos e mitos e livros didáticos. Coordena o Grupo de pesquisas Poéticas ameríndias e é integrante do INCT de Inclusão do Ensino Superior e na Pesquisa.
Liderança quilombola responsável pelo processo de mobilização, articulação política e pela representação externa do Kilombo Família Souza. É representante da Associação Cultural do Kilombo Souza, ainda em processo de conformação e conselheira da atual gestão da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza - ACBST. Atua juntamente com a Rede Quilombola do Estado de Minas Gerais, é representante no Conselho de Assistência Social de Belo Horizonte e responsável pela organização dos ritos que dizem respeito às práticas próprias da Umbanda, tais como as celebrações, as festas e os cuidados relacionados ao Quarto de Santo e Quarto de Exú. É filha da atual matriarca, dona Lídia Martins, com quem aprendeu na prática as receitas tradicionais da culinária afro-descendente, assim como, o cuidado das práticas próprias da Umbanda no que tange os cuidados com o Quarto de Santo e de Exú.
Atriz, diretora, escritora, com experiência principalmente a partir de sua atuação como aliada na luta dos povos originários na produção de imagens e narrativas, trabalhando como pesquisadora e organizadora dos livros do pensador Ailton Krenak. Como cineasta, dentro do contexto do Vídeo nas Aldeias, dirigiu com Vincent Carelli o filme "Ÿaokwa - Imagem e Memória" além de ter participado de vários outros. Já como escritora e ilustradora, publicou oito livros, com destaque para a coleção “Um dia na aldeia” pela editora Cosac Naify e especialmente o recém-lançado o romance “Terrapreta” em 2021.
Historiadora e Escritora, já publicou 10 livros de prosa e poesia, tendo sido indicada ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura em 2004, com o seu primeiro livro de poesias “Geografia íntima do Deserto” publicado no ano anterior e sido vencedora, com "Nossa Teresa - vida e morte de uma santa suicida", do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015. Tem trabalhos publicados em diversos países, sendo alguns destes França, Portugal, Espanha, Canadá e Estados Unidos e em 2021 lançou seu último romance, um romance, intitulado “O som do rugido da onça” onde traz a luz a história de Iñe-e e Juri, duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX, pelas expedições de Spix e Martius. Possui mestrado em Literatura e Crítica Literária e Doutorado em Comunicação e Semiótica, tendo sido estes dois últimos cursados na PUC-SP. Micheliny atua principalmente nas áreas de história, literatura brasileira e portuguesa, poesia, prosa e cultura.
Comunicadora social, Clarisse é professora adjunta da Faculdade de Educação da UFMG. Integrante do corpo docente do Mestrado Profissional em Educação e Docência, é, também, coordenadora do projeto de pesquisa e extensão Laboratório de Práticas Audiovisuais (LAPA) e o Laboratório e Arquivo de Imagem e Som (LAIS). Atua, também, no curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) da Faculdade de Educação (UFMG), com estudantes Pataxó, Xakriabá e Guarani, dentro do eixo Línguas, Artes e Literatura (LAL), na área de Cinema. Seus interesses de pesquisa habitam na interface entre cinema e educação, como foco nos processos pedagógicos e poéticos realizados por coletivos e cineastas ameríndios. Tem sua tese premiada pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação Social – pelo prêmio Eduardo Peñuela Cañizal de Melhor Tese – e é autora dos livros Da cena do contato ao inacabamento da história lançado pela Edufba em 2017 e Aprender com Imagens, pela FAE UFMG, em 2022. No cinema, dirigiu os longa-metragens: Um-do-lá-si (2001), Ô, de casa! (2007) e Homem-peixe (2017).
Formado em Arquitetura de interiores pela École Camondô em Paris, no seu país de origem. Após, aqui em terras brasileiras, faz seu mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais, o primeiro em Arquitetura e o segundo em Artes. Hoje, atua como professor adjunto no Centro de Formação em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia. Augustin, tem especial interesse nas artes e nos saberes tradicionais, na sua relação com os territórios das Américas. Atualmente desenvolve pesquisa sobre as relações do corpo com o vestuário – em Roupa: fábrica do corpo – e sobre a produção contemporânea de artefatos indígenas – em Artefato-gesto-memória-invenção – o caso dos mantos Tupinambá. Além disso, é aliado de Glicéria pela grande volta do Manto Tupinambá.
Liderança de sua comunidade, a aldeia da Serra do Padeiro, localizada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, no Sul da Bahia. Atua assim em diversas frentes: como cineasta dirigiu o premiado documentário Voz das Mulheres Indígenas, de 2015, em parceria com Cristiane Julião, do povo Pankararu, e participou da feitura do livro Os donos da Terra lançado pela editora Elefante em 2020. Sua voz ecoa pelo mundo denunciando as violações dos direitos dos povos indígenas pelo Estado Brasileiro. Foi a principal articuladora fazendo parte da equipe curatorial da exposição "Essa é a grande volta do Manto Tupinamambá". Além de ativista, intelectual e artista, é professora no Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do Padeiro e, atualmente cursa Licenciatura Intercultural Indígena junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).
Graduada em Ciências Sociais (UFMG), com ênfase em Antropologia, e mestra em Sociologia (UFMG) e doutorado em Antropologia em 2020 também pela UFMG, tendo como área de pesquisa a Sociologia da Cultura. Integra a Associação Filmes de Quintal e é curadora e coordenadora do forumdoc.bh - Festival de Filme Documentário Etnográfico de Belo Horizonte em 25 edições. Também foi curadora da mostra Cinema, Território Ameríndio (2017), Política e Palavra no Documentário (2016) e Mekukradjá: encontro de realizadores e escritores indígenas no Instituto Itaú Cultural SP nas edições 2016 a 2022. Como documentarista dirigiu o “Aqui Favela, o Rap Representa”, o “Salve Maria: reinos negros na metrópole” (2006), o “Um olhar sobre os Quilombos no Brasil” (2007), o “Nos Olhos de Mariquinha” (2009) e o mais recente “A Rainha Nzinga Chegou” (2019) co-dirigido com Isabel Cassimira, Rainha Conga da Guarda de Moçambique Treze de Maio, realizado entre Angola e Minas Gerais.
Arquiteta e Urbanista, desde 2010 Maria Fernanda é professora e pesquisadora na FAU-UnB. Tem sua graduação, mestrado e doutorado, este último em História e Fundamentos da Arquitetura Urbanismo, pela FAU-USP, e pós-doutorado na Holanda, em Delft. É autora do livro Método e Arte: urbanização e formação territorial na capitania de São Paulo, 1765-1811 (ed. Alameda/FAPESP) de 2013, pelo qual recebeu menção honrosa ANPUR em 2013 e por artigo em 2015.Hoje, lidera o grupo de pesquisa interdisciplinar Capital e Periferia (CNPq-UnB). O qual foi destaque em matéria da revista Fapesp. Tem seus mais recentes interesses de pesquisa voltados à história, a formação territorial, o planejamento urbano-regional e as representações sociais de Brasília, com ênfase nas cidades-satélites e nos espaços situados além do Plano Piloto.
Formado pelas artistas Ines Linke (artista visual, cenógrafa, professora da Universidade Federal da Bahia e doutora pela EBA-UFMG) e Louise Ganz (artista visual, arquiteta, professora na Escola Guignard – UEMG e doutora pela EBA-UFRJ) e desenvolve trabalhos em diversas mídias que relacionam arte, natureza e cidade. Em seus projetos, Thislandyourland trabalha questões em torno dos usos e do acesso à terra e realiza imagens que possibilitam pensar outros modos de vida.
Makota Kidoiale é filha carnal de Mãe Efigênia Maria da Conceição (Mametu Muiandê), fundadora do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, comunidade tradicional de matriz africana de nação bantu localizada no bairro Santa Efigênia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Como militante, mulher negra, liderança quilombola e de terreiro de axé, ela tem experiência na articulação e mobilização de diferentes seguimentos representativos da população afro-descendente de Belo Horizonte – capoeira, Umbanda, Reinado, Candomblé, quilombos – em torno das lutas por igualdade racial, contra a intolerância religiosa e todas as formas de discriminação. Kidoiale é presidente da Associação de Resistência Cultural da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, certificada via autorreconhecimento como Remanescente de Quilombo pela Fundação Palmares no ano de 2004. Também é diretora de mobilização do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB). Atua ainda como coordenadora cultural do Projeto Kizomba, iniciativa sociocultural desenvolvida por membros do Manzo e direcionada para as crianças e jovens negros, associando capoeira, canto, dança, percussão, estética e identidade étnico-racial.
Professora Adjunta da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Integrante do Grupo de Pesquisa Lugar Comum desde 2011, no qual coordena o Grupo de Estudos Corpo, Discurso e Território (2017 - atualmente). Possui doutorado e mestrado em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia; e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (2006). Integra também o grupos de pesquisa LEIA (PPGAU/UFBA), além de ser Conselheira da Casa Sueli Carneiro e integrante do Coletivo Terra Preta Cidade.
É Doutor e Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, especialista em em Psicopedagogia com ênfase em Educação Especial; possui Graduação em Storia e Tutela dei Beni Culturali pela Università degli Studi di Pádova, Teologia e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é pároco do Bairro Vista Alegre, na Paróquia Jesus Missionário, da Arquidiocese de Belo Horizonte; é Curador do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos, desde sua fundação em 2012. É o criador do projeto Negricidade, sobre a presença do patrimônio afro-brasileiro em Belo Horizonte.
Graduado em História pela Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Antropologia pela Universidade de Indiana e Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Professor Titular do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, Pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios (CESTA) da USP e coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos do Museu de Arqueologia e Etnologia.
REALIZAÇÃO
APOIO
Esta plataforma faz parte da pesquisa Narrativas Democráticas: do cinema ao espaço cotidiano financiada pelo CNPQ e as pesquisas Narrativas da Violencia: o Brasil de dentro e de perto e Pedagogias Políticas: Arte, Cidade, Urbanismo e Democracias, ambas financiadas pela FAPEMIG